Em 10/04/2012 às 21h16 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Vigilância Sanitária apreende alimentos sem procedência no Hospital Cataguases

O Delegado Seccional de Polícia de Cataguases, Gutemberg de Souza Filho, reuniu a imprensa em seu gabinete por volta das 16 horas desta terça-feira, 10, para comunicar o resultado de uma operação conjunta com a Vigilância Sanitária Estadual com o apoio da Municipal, no Hospital de Cataguases que culminou na apreensão de alimentos como carne, leite e arroz que não tinham procedência nem prazo de validade. Cerca de 200 quilos de alimentos foram apreendidos. O Hospital não foi fechado e continua funcionando normalmente.


[caption id="attachment_6280" align="aligncenter" width="188" caption="O delegado Seccional Gutemberg de Souza Filho, coordenou a operação"][/caption]
Segundo o delegado, a denúncia contra o hospital partiu de “populares feita à própria Vigilância Sanitária, que também já havia notificado algumas vezes o Hospital anteriormente sobre este problema”, revelou. Durante a vistoria no hospital, Gutemberg informou terem sido encontrados carne de boi, porco e leite “in natura”, sem procedência. “O leite vinha direto da fazenda, parece que trata-se de uma fazenda de propriedade da fundação que gere o hospital” (Fazenda da Fumaça deixada como herança ao hospital pelo seu fundador, Norberto Custódio Ferreira), e já havia sido notificado, inclusive, sobre esta irregularidade, pela Vigilância Sanitária, e não atendeu a esta recomendação de fornecer leite de origem, a mesma coisa acontecendo com a carne”, explicou o titular da delegacia de polícia em Cataguases.


[caption id="attachment_6281" align="aligncenter" width="400" caption="Duas viaturas foram utilizadas para carregar os alimentos apreendidos. O balde azul contém arroz."][/caption]
Foram detidos na operação e liberados depois de prestarem depoimento o provedor do Hospital José Eduardo Machado, o farmacêutico responsável, cujo primeiro nome é Ricardo e a nutricionista, Aparecida Alvim. Eles vão responder por crime contra a relação de consumo e contra a saúde pública A pena para cada um destes crimes é de dois a cinco anos de detenção, informou Gutemberg Filho. A Vigilância Sanitária interditou alguns setores do hospital que, no entanto, continua funcionando normalmente. A instituição também recebeu uma notificação sobre as irregularidades que após sanadas “vão voltar a funcionar a pleno vapor”, completou Gutemberg.


[caption id="attachment_6282" align="aligncenter" width="400" caption="Leite e carne, além de comida congelada, foram apreendidas pela Vigilância Sanitária"][/caption]
O delegado seccional avaliou a operação como uma ação “a favor da sociedade e não contra o hospital. Muito pelo contrário, o hospital é uma utilidade pública e atende, dentro do possível, bem aos pacientes, tirando aí essa parte que a gente constatou, lamentavelmente”. Ele completou dizendo que “esta ação vai provocar uma melhor prestação de serviço pelos gestores do hospital”, disse. Gutemberg acrescentou que “operações como esta vão continuar sendo realizadas em outros órgãos de saúde pública na cidade e região”.
A reportagem do Site do Marcelo Lopes tentou ouvir, sem êxito, a direção do hospital sobre este episódio.
Agora, a pouco, o provedor do Hospital de Cataguases, José Eduardo Machado confirmou que estará presente nesta quarta-feira, 11, às 10 horas, no programa "Conversa Franca", da Rádio Brilho, para falar sobre o episódio e esclarecer a situação. O programa vai contar com a participação do jornalista Marcelo Lopes, editor deste site, como um dos entrevistadores. (Atualizada às 21:20 h)
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