Em 27/10/2018 às 12h00 | Atualizado em 30/10/2018 às 13h07

Festival Ver e Fazer Filmes faz homenagem a Ruy Guerra e tem curtas de alto nível

Produções de Cataguases e Ubá foram agraciadas com recursos do Edital Usina Criativa de Cinema que resultaram e trabalhos de qualidade

A confraternização entre os envolvidos no Festival Ver e Fazer Filmes encerrou o evento que mobilizou centenas de pessoas durante dez dias em Cataguases

A confraternização entre os envolvidos no Festival Ver e Fazer Filmes encerrou o evento que mobilizou centenas de pessoas durante dez dias em Cataguases

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Chegou ao fim na noite desta sexta-feira, 26 de outubro, a sexta edição do Festival Ver e Fazer Filmes. O evento movimentou estudantes, atores e profissionais ligados à Cultura em Cataguases e região durante dez dias. A última noite do Festival contou com a presença do Secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo e do cineasta Ruy Guerra, um dos maiores mestres do cinema nacional que aos 87 anos de idade, está começando a filmar seu mais novo longa em Cataguases, e foi o grande homenageado da noite que começou com a exibição de seu último longa, "Quase Memória". Também presentes a presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Mônica Botelho, o Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases, Fausto Menta, e o diretor do Polo Audiovisual da Zona da Mata, César Piva, entre outros convidados.

imageCinco curtas metragens foram produzidos por meio do Edital Usina Criativa de Cinema divulgado no início do ano na região de atuação do Polo Audiovisual. Através deles os autores recebem recursos e consultoria para levarem às telas seus projetos. Quatro deles participaram da mostra competitiva e o quinto foi produzido pelo diretor convidado, Ricardo Alves Júnior, responsável também por prestar consultoria aos quatro trabalhos selecionados pela comissão julgadora do Edital. Desta forma o público presente ao Centro Cultural Humberto Mauro assistiu ao curta "Miraí", de Ricardo Alves Júnior, e aos concorrentes "A História do Menino Neimar", "Casulo", "Santa" e "Um Certo Maralonso". Diversas pessoas presentes ao evento ouvidas pela reportagem destacaram o "alto nível" das produções o que se confirmou na premiação feita pelo júri técnico que "dividiu" os prêmios entre os participantes revelando que este ano não houve favoritismo de nenhum dos concorrentes.

imageO momento mais esperado por todos trouxe como grande vencedor do júri popular o curta "Santa", do cataguasense Marco Andrade e que contou a história de uma transsexual que luta pela preservação do lugarejo onde vive. Este mesmo filme também ganhou do júri técnico o prêmio de melhor atriz principal para Jéssica Müller; Melhor Direção de Arte, que ficou com Leandro Silveira e Melhor Atriz Coadjuvante, Daniela Salgado Lacerda. O troféu de melhor filme do festival ficou com "Um Certo Maralonso" (foto ao lado), de Ubá, que abocanhou também os prêmios de "Melhor Produção" (Marina Moss); Melhor Figurino (Miron Soares); Melhor Som (Tiago Glomer, Vanderlei Sperandio, Jorge Raulli e Guilherme Haddad) e Melhor Fotografia (Igor Freitas e Alexandre Branco Borges).

Outros dois filmes também premiados são "Casulo", do cataguasense Rafael Aguiar, que recebeu os troféus de "Melhor Trilha Sonora", para Mazinho Mendonça; Melhor Ator Coadjuvante, para Samir Hauaji; Melhor Ator Principal que ficou com Ramon Brant e o de Melhor Roteiro, para Rafael Aguiar. Outro curta de Ubá, "A Partida do Menino Neimar", levou os trofeus de Melhor Diretor e o de Melhor Montagem para Rafael Bianchini. O júri da premiação foi formado pela produtora executiva Adriana Konig, as produtoras Mariza Figueiredo e Janaína Diniz Guerra, o diretor de arte Cedric Aveline e o produtor audiovisual Sérgio Pedrosa.
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imageAntes do anúncio das premiações Ruy Guerra (foto ao lado) recebeu uma homenagem dos organizadores do Festival. Mônica Botelho entregou-lhe um troféu como símbolo de sua obra e importância ao cinema nacional. Ruy fez um discurso simbólico e ao mesmo tempo comovente de amor ao cinema. Precursor do Cinema Novo, com cerca de sessenta anos de carreira, seu pronunciamento fez rir, ao dizer que não conta mais o tempo em anos, mas "em décadas"; fez sentir orgulho quando citou sua amizade com Humberto Mauro, homem que para ele nasceu predestinado a ser um desbravador do cinema nacional; fez emocionar ao mostrar sua enorme vitalidade apesar de seus 87 anos e que continua a se empolgar com seu mais novo projeto, o filme que está começando a rodar em Cataguases. Aplaudido de pé pela plateia algumas vezes durante o tempo que durou a homenagem, sua presença no Festival Ver e Fazer Filmes consolida o crescimento e a seriedade do Polo Audiovisual da Zona da Mata.

Veja fotos na galeria abaixo.


Tags: festival, Ver e Fazer, cinema, cultura, Polo Audiovisual





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