Nesta sexta-feira, 19 de janeiro, o Delegado Regional da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) de Leopoldina, Carlos Eduardo Santos Rodrigues, contou destalhes a respeito das investigações sobre o homicídio de dois homens cujos corpos foram encontrados boiando no rio Pomba, em Leopoldina, no último dia 11. Os corpos apresentavam perfurações de arma de fogo e estavam em estado avançado de decomposição, conforme divulgado por este Site no dia do fato.

Nesta sexta-feira, aquele delegado falou ao site O Vigilante Online e à Rádio Jornal, durante o programa Jornal da Cidade. Na ocasião disse ter feito contato com a Delegacia de Mundo Novo, município de Mato Grosso do Sul, próximo a fronteira com o Paraguai, onde residiam as vítimas que tinham respectivamente, 52 e 42 anos de idade. Segundo ainda Carlos Eduardo, foi difícil identificar os corpos devido ao avançado estado de decomposição, e que para isso contou com o apoio da delegacia da cidade natal das vítimas que enviou fotos deles vivos que foram comparadas com os corpos encontrados, além de informações pessoais de cada um fornecidas pelos seus familiares.

"Os corpos estavam em estado avançado de decomposição. Seis ferimentos causados por disparo de arma de fogo em cada um e vários outros causados possivelmente por faca. Isso que se pode constatar na perícia técnica e durante a necropsia", afirmou o Delegado Regional, acrescentando que a identificação e a liberação de um corpo são feitas de maneira muito cautelosa", acrescentou. Ele contou ainda a provável dinâmica do crime: "A linha de investigação que está sendo trabalhada pela Polícia Civil em relação à dinâmica do fato é que as vítimas foram alvejadas pelos disparos de armas de fogo, faleceram em razão dos disparos e os autores, provavelmente mais de um, esfaquearam as vítimas principalmente no abdome para que os corpos não ficassem boiando", declarou.

Ele disse também que trabalha com a hipótese dos homicídios terem ocorrido dois dias antes dos corpos serem encontrados. "Estamos coletando todas as informações possíveis. Ainda não conseguimos traçar uma dinâmica do fato, porque a determinação do local onde ocorreu o crime ainda está em aberto", disse o Delegado. "Temos uma área num raio de aproximadamente 5 a 10 Km para identificar onde foi o local do crime. A partir da sua localização nós conseguiremos fazer um levantamento do local do crime, fazer uma perícia, gotejamento de sangue, onde pode ter sido, encontrar algum projétil ou cápsula, ou então até mesmo a arma do crime, a faca ou a arma utilizada", completou. 

Após a liberação dos corpos pela Perícia Técnica, seus familiares contrataram uma empresa funerária que os buscou em Leopoldina e os levou até Mundo Novo, onde foram sepultados na última quinta-feira, 18. (Fotos: Júlio César Cabral/O Vigilante Online)